Saturday, June 26, 2010

Friday, June 29, 2007

Por onde já andei...



create your own visited country map

Encontrei este mapa muito fixe que dá para ir mantendo a perspectiva da Globalidade do assunto.
Sim... eu sei que a mancha é grande e até parece muito... Mas aqui as manchas maiores equivalem a
Macau + Hongkong = China;
Nordeste = Brasil; Califórnia + New York = USA, e assim até parece que já estive no Alaska, no Bornéu, na Papua Nova-Guiné, etc...
Mas olha, faz um vistaço!!!

Tuesday, June 19, 2007

SALA

Impressões sobre a minha sala em Dili

Saturday, April 28, 2007

Feria merecidas...

Camarigueiros.

Estou de ferias por um mes e ando por terras do Siao! Thailandia ta no papo, a sguir vem o Laos e quem sabe no fim um pulinho ao Camboja...
Depois da trip, la para 15 de Maio, prometo historias e fotoreportagens.

Eu sei... Ha vidas dificeis... mas tambem ha melhores, so que sao mais caras! ;)
Bem hajam!

Monday, April 02, 2007

Série Troço - Abrigos


Casas de pescadores na ilha de Coloane em Macau, China.

Reunião de ciganos

(e o maior deles todos repete-se!)

É engraçado constatar como o look cigano-feira-de-carcavelos está em voga entre os meus amigos.
E orgulhoso, por me considerar o seu grande propulsor!

Desde tenra idade acariciei a ideia de um mundo sem giletes nem espuma de barbear, e agora comovo-me ao ver o resultado de muitos anos de trabalho a lutar contra a maré do carinha-lavada-que-pele-macia-até-pareces-mais-novo....
Obrigado

Thursday, March 22, 2007

28 Nov 2006, Tutuala e Jaco

Crianças a brincar a caminho em Tutuala

Crianças a vender artesanato feito com carapaça de tartarugana
junto à pousada abandonada de Tutuala




No beco a chegar ao ilhéu de jaco

Ilhéu de Jaco - Á esquerda vê-se o extremo mais oriental da ilha de Timor Leste



Ás cinco da manhã, levantados para ver o nascer do sol

Num fim de semana de paisagens paradisíacas com águas cristalinas e praias de areia branca a perder de vista. Se o paraíso existe deve ser algo assim... Situado no extremo da ponta este da ilha de Timor o ilhéu de Jaco é uma reserva natural onde não existe uma estrada, uma casa onde não existe absolutamente nada.

Os carros chegam até Tutuala e descem (mal) por um caminho que sai da aldeia e que ao longo de vários quilómetros serpenteia a encosta numa prova de todo-terreno do mais “extreme” que por cá se conhece.

Desde Dili são umas cinco horas de jipe. A ultima e mais violenta, põe-nos num estado de moídos tal, que quando se chega lá abaixo e se avista o mar sentimo-nos como os três pastorinhos no seu dia de (des)graça! A água é de um azul-capa-de-brochura-turistica incrível, misturado com verdes água que fazem do mar um liquido meio etéreo que balança contra as rochas da praia o no qual logo queremos mergulhar.
Os “apoios” ao visitante são nulos e a pequena comunidade piscatória local já aprendeu a tirar partido destas visitas de fim de semana e providencia transporte e alimento para quem quiser, i.e. Transporte para passar o dia no ilhéu de Jaco e Jantarinho de peixe fresco grelhado na hora, em fogueira de praia como manda a cartilha. A prática já é tal que até ajudam os mais nabos a montar as tendas...
Do lado de Tutuala a praia propriamente dita não é assim... Linda de morrer!! É só linda... mas agora, do lado de Jaco é outra história.
Para chegar ao ilhéu apanhei a dita boleia num bero - barquinho tradicional feito de um só tronco de árvore escavado com flutuadores de bambo balançados uns bons dois metros para cada lado. O resto do grupo foi num barco “menos tradicional” que levava mais gente... mas que metia menos água. Tudo é feito de um modo muito expedito e os mesmos barcos são os da faina para a qual partem pouco após nos largarem no ilhéu.

O ilhéu de Jaco é.... como hei-de pôr a coisa?... um ilhéu!! Um pequeno ilhéu cheio de mato no centro com metade da costa em praia e a outra em rocha. Quando vamos ao ilhéu de Jaco não vamos propriamente por causa do pedaço de terra em sí... é o mar e a praia que nos interessa.
A praia tem uns cinco metros de fundo mas estende-se à volta do ilhéu numa língua muito comprida até encontrar uma coroa de pequenos rochedos que circunda o resto do ilhéu.
A areia é branca e fina e entra para dentro do mar de uma maneira suave proporcionando os melhores banhos do mundo! Mais à frente começam os corais e as tardes passadas dentro de água a snoklar são intermináveis... é frequente avistar tubarões de coral com metro e meio, white ou black tip, são inofensivos... mas não tivemos essa sorte. Outra fauna marítima que se encontra facilmente é a cobra coral, menos inofensiva, é o bicho mais venenoso de Timor Leste. Com este tive um pequeno encontro que não me apetece repetir.

Mas de todos os “perigos” que espreitam em Jaco o maior está bem à vista e faz quase sempre vitimas. O sol. O sol em Jaco é fortíssimo!! As sombras na praia são escassas e como se passa o dia dentro de água nem se dá pelo calor. No fim, feito o balanço há sempre pessoal com escaldões e até aconteceu ao Gonçalo ficar cheio de manchas vermelhas durante semanas por causa de uma alergia que o sol lhe provocou.
Depois de um dia muito, mas muito bem passado, durante o qual a única peripécia a assinalar foi eu ter quase-perdido-pela-enésima-vez os óculos debaixo da toalha de alguém e já estar a ver a vida a andar para trás pois sem óculos vejo pior que um morcego e não existem oculistas (ou sucedâneos) em Timor Leste, rumámos de volta para a ilha de Timor e passamos um belo fim de tarde a “montar o campo” e à conversa à beira mar no lusco-fusco à espera que a comida ficasse pronta...
O jantar foi peixe com peixe. Servido na tampa de uma das geleiras, três peixes bem apresentados fizeram as nossas delicias... é claro, a Bintang sempre presente, cerveja indonésia de eleição entre os tugas acompanha-nos para todo o lado.
São estas coisas simples da vida que fazem dela saborosa... comer peixinho fresco com as mãos numa praia só para nós num lugar perto do paraíso...

Depois ficámos pela praia à conversa e a cantarolar os mega clássicos portugueses dos anos oitenta e outros tantos ainda mais clássicos... Estava eu, muito descontraidamente deitado numa relvinha de areia a acompanhar as melows quando sinto uma coisa pesada a tocar-me no braço... digo pesada porque deitados no chão, no breu da noite, acabamos habituados a sentir os milhares de búzios e caranguejos que andam a fazer a sua vidinha perto de nós e que inevitavelmente chocam connosco - gigante obstáculo atravessado no caminho.
Não esta coisa não era um búzio... era algo mais pesado. “Bom... é melhor levantar-me e espreitar não vá ser uma daquelas centopeias gigantes que quando picam é um ver se te avias”... acendo a lanterna à sport billy e vejo espantado... Listrada branca e preta, uma cobra de coral com cerca de um metro. Ia calmamente a caminho da toca e raspou no meu braço. Recuei não fosse o bicho sentir-se incomodado com o foco, mas nada... ia na maior das calmas.
Pormenor menor era o resto do grupo estar exactamente na sua rota - “Ei pessoal... está aqui uma cobra...” disse eu com ar calmo para não lançar o pânico - “he, he, pois uma cobra e tal...” responderam sem ligar nenhuma- “PESSOAL! ESTÁ AQUI UMA COBRA!!” Ui!! foi vê-los saltarem todos ao mesmo tempo!! “onde, onde,onde?!?”
Aparentemente a cobra de coral embora extremamente venenosa, não é muito agressiva e tem a cabeça e boca bastante pequenas comparado com as suas primas, o que só lhe permite morder pequenos objectos... e visto bem... eu não qualifico nessa categoria.
Passada a excitação do momento e respectiva sessão de fotos, a festa foi transladada para um local mais seguro... afastado da água, pêro do sitio das tendas - Onde só há lacraus e escorpiões... mas estes dificilmente se evitam...

Pela primeira fez na vida dormi numa tenda mosquiteiro – A mosquito dome é basicamente uma tenda de rede sem duplo-tecto.

Foi espectacular adormecer a olhar, por entre as enormes árvores, o céu super estrelado de Timor Leste.

Friday, March 16, 2007

Safest house in Dili

Encontrei anunciado num jornal local esta bela casinha que me fez voltar atrás no tempo, um ano para ser exacto.
Deixem-me então contar-vos uma história sobre a “safest house in Dili”.

Conheci esta casa em Março de 2006.

O senhor X, que eu conhecia pessoalmente, nela viveu feliz e despreocupado durante um par de meses... Alugou-a na perspectiva de fazer vida em Timor Leste durante uns de anos mas teve o azar de apanhar logo em finais de Abril a tão pomposamente chamada “guerra” que aconteceu em Timor Leste por esta altura.
Dá-se a invasão Australiana com todo um arsenal digno de uma “operação tempestade” e um dos locais que estas criaturas ocupam é o antigo heliporto que fica mesmo em frente da humilde morada.

Durante uns tempos, o Sr. X e nós, deleitámo-nos com as actividades bélicas australianas, admirados mais pelo descabimento que pela exibição do arsenal a entrar e sair, por terra e por ar... para cima, para baixo, ao som do contrabaixo, no cenário perfeito para brincar aos soldadinhos de chumbo.

Ao fim de um mês e picos de invasão, o senhor X vê-se na circunstancia de regressar a Portugal por questões profissionais, mas como pretende voltar, deixa a casa “funcional”, com guarda e empregada, e pede ao senhor Y para tomar conta do assunto enquanto se ausenta.
O Y por ser era um homem ocupado... não tinha propriamente muito tempo para andar a controlar as actividades da casa e por isso a sua supervisão resumiu-se a pagar os empregados e passar por lá de vez em quando para ver se a casa ainda tinha as peças todas...

Homem de meia idade, sério e trabalhador. O senhor Y é um personagem pacato, bom amigo, senhor regrado, apreciador de horários e cumpridor da rotina. Já teve o seu quinhão de vida agitada, de sortes e azares, e veio para Timor a perspectivar uma estadia a longo prazo – 10 anos! Diz ele, a planear que a família se junte no território do crocodilo.

Se bem se lembram a guerra precipitasse quando os militares peticionário, sentido-se descriminados dentro das forças armadas e resolvem entrar num braço de ferro com o Mari Alkatiri, então primeiro ministro.
Ora o Alka não é homem de se deixar intimidar e como não cede, estoira o cenário nacional! Com a fragilidade crescente dos órgãos de soberania e a fragmentação da opinião pública, a apoteose da cena dá-se quando a policia e o exército desta abençoada nação, resolvem transformar as ruas da cidade de Dili em cenário de guerra urbana e passam uma semana a jogar ao gato e ao rato – Resultado, a policia e o exercito são “suspensos” e instalasse o caos na cidade quando as milícias- os chamados grupos de artes marciais- vêem na ausência da autoridade, um terreno fértil para espalhar o terror.

Para acalmar os ânimos apareceu atrasado o Sr. Xanana a pôr paninhos quentes aqui e ali, em comunicados em directo que tentavam devolver à população a confiança perdida, com apelos de retorno à cidade e à vida normal... tarde piou, pois àquelas horas metade da população da cidade já se encontrava espalhada entre as casas da família na montanha e os poucos locais que consideram seguros e que mais tarde se tornaram nos “campos de deslocados”.

Passam-se uns dias, umas semanas... e a instabilidade a roer os nervos daqueles, que como nós, resolveram ficar em Timor, a tentar continuar com a dita “vida normal”... ao fim de certo tempo já todos ansiava-mos pela chegada dos Autrálias! Queriamos muito os nosso géninhas... mas tardaram... É clássico do nosso país – Plano de emergência com elementos “sempre a postos” que demoram um mês a chegar ao local ?!?... Treta...
E assim foi! A chegada dos bifes foi a festa da cidade, o rejubilar das massas!!... por uns dias... Até toda a gente se aperceber o quão desadequados estavam para o cenário de quase-guerrilha-urbana, começarem a questionar a eficiência dos BBQ’s e a pensar qual a verdadeira função desta força no território.

No país da desinformação, vivemos momentos muito ricos em conversa de café...

Deste cenário pseudo-caótico de gente evacuada, gente deslocada, políticos a ganir, igreja a gemer, sempre generosa, militares indignados, militares revoltosos, os Austrálias a levar por tabela sem saber ler nem escrever, e nós a beber café no Hotel Timor a tentar apanhar as ultimas, surge o “herói” da nação, o revoltoso Major Alfredo Reinado.
Apresenta-se como o salvador da pátria num misto de Robin dos bosques com laivos piroso-vaidosos de Mitch do Baywatch e uma pitada q.b. de Rambo das Ásias. Embora procurado pelas autoridades aparecia sempre acompanhado pelas tropas Australianas e pousava em grande estilo em frente de edifícios bem conhecidos - sempre de arma em riste a dizer, “comigo não fazer farinha!”.
Símbolo da contestação dos militares, á semelhança do que está a fazer agora, este senhor tentou uma espécie de "via do diálogo" com diversas entidades, mas não teve sucesso... o que pede não é plausível, no cenário político da altura bem como no actual, e assim continuou procurado pela justiça.

Retomando o dia pacato do senhor Y. Um dia de Julho, provavelmente um dia quente... quente e húmido, não estivéssemos nós nos trópicos húmidos. Entre os afazeres que o mantém ocupado, encaixa uma passagem pela casinha, só para ver se está tudo nos conformes...

Estaciona em frente. Entra e mete a chave à porta. Estranha vozes dentro da casa e avança curioso. Vê armas na cozinha... e munições em cima da cama do Sr X. Depara com uma série de soldados dentro da casa. Não dando tempo à sua reacção, sai da casa, mete-se no carro e vai directo ao quartel da GNR.

Nesse dia prendem o Major Reinado. No dia seguinte o senhor Y mete-se num avião de volta a Portugal.


Aparentemente o Major e a sua maltosa havia “ocupado” não uma, nem duas, mas sim três casas mesmo em frente do heliporto. Mesmo por baixo das barbas dos Austrálias - Do quartel general dos BBQ’s!! Curioso não?...

O que nos leva a pensar... “Opposite Heliport - Safest house in Dili” ?!? hum, I wonder…

Monday, March 12, 2007

Série Viagens . Africa do Sul


A caminho de Calvinia . Agosto 2005
Nenhures . África do Sul

Saídos da Cidade do Cabo, numa incursão para norte e depois este, para o interior do país já no Northern State, fomos visitar Calvinia. Mais por causa das estradas e paisagens do que propriamente pela cidade, da qual sabiamos pouco.

Montanhas de “topo cortado à faca” à livro do Lucky Lucke e estradas de terra batida num estado de meter inveja ás nossas de alcatrão, come-mos quilómetros de planície e planalto até chegar-mos ao nada no meio de nenhures - Calvinia.

Parada no tempo, no tempo do apartheid, Calvinia é tal e qual aquelas cidades norte americanas que gostamos de prender no nosso imaginário... onde pouco mais existe que uma bomba de gasolina e umas míseras casas ao longo da estrada principal. Não se vê vivalma na rua. Olhando melhor descobrem-se pessoas... o contraste grita entre a condição dos negros e o anafado dos brancos. Parece que voltámos atrás no tempo.
Alojámo-nos por detrás da Bomba de gasolina. Numa pensão, ou numa coisa muito parecida, e fomos jantar ao restaurante da bomba. O sítio tinha um nome do género “nem sei quantas milhas”, numa óbvia referencia à sua situação geográfica junto da estrada. O menu recheava-se de carnes, pizzas e doces.

Já nem me lembro o que comi, mas na minha cabeça ficou a imagem de dois adolescentes loirinhos, anafados e luzidios, debroçados sobre duas pizzas gigantes que engoliram enquanto o diabo esfrega o olho. Impressionante. Imagem do mundo em consumo rápido.

Série Viagens . Africa do Sul

No topo da Table Mountain . Agosto 2005
Cidade do Cabo . Africa do Sul

Do topo da Table Mountain, para oeste, vê-se o pico da Lions Head e a mancha da urbe que se estende do centro da cidade do cabo molda-se à base da montanha, contorna-a e transforma-a numa ilha verde. No recorte da baia a cidade industrial perde-se de vistae no centro desta, a ilha Robben, onde o Mandela passou metade da vida prisioneiro.

A acompanhar a curva das rochas no canto inferior-esquerdo da foto distinguem-se os cabos do teleférico que nos levou ao topo da Table Mountain. A meio dos cabos as cabines suspensas são pontos minúsculos na imensidão da paisagem.

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